
De estatura média, olhos verdes, traços marcantes, Fontenelle era homem simples e de pouca instrução, como tantos outros nordestinos que aqui chegaram. Viveu seus anos de glória, proporcionados pela convivência com os presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart, contatos que lhe permitiu circular nos palácios presidenciais, entre políticos e autoridades, o que o tornou uma celebridade.

Fontenelle não tinha residência fixa, vivia num quarto do Hotel das Nações. Alimentava-se mal, bebia muito (cachaça e rum), não se preocupava com a saúde. Casou-se apenas uma vez, embora fosse um grande admirador da figura feminina, isso explica as muitas idas aos bordeis e o gosto por fotografar mulheres.
Em 1960, Fontenelle contraiu tuberculose, mas a aposentadoria ocorreu em 1969, com a ajuda de Lucio Costa. Nos últimos três anos de sua vida, doente, esquecido e abandonado, Fontenelle viveu no Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Núcleo Bandeirante, onde faleceu aos 67 anos. Macérrimo, o lado esquerdo do corpo paralisado por um derrame e a perna esquerda amputada, consequência de uma gangrena, Fontenelle acalentou seus últimos dias com a ilustre visita de Lucio Costa.
No seu sepultamento, em 23 de setembro de 1986, apenas três amigos , os fotógrafos Jankiel Goncvaroska e Sálvio Silva e o arquiteto Sílvio Cavalcante, à época, Diretor do Patrimônio Histórico e Artístico do DF. Fonte: Wikipedia