
Fundado em 1893 pelo imigrante italiano Vitaliano Rotelini, o Fanfulla, começou como um semanário domingueiro até 1898. De 1899 até fins de 1900 mudou o nome para Gazzetta Del Popolo, mantendo a epígrafe Fanfulla. Posteriormente retorna ao título inicial e torna-se um diário vespertino. Em 1908, o jornal passa a ser gerido por Angelo Pocci.
O jornal ficou fora de circulação durante a II Guerra Mundial. Foi reeditado por Gaetano Cristaldi que o vendeu a Alessandro Del Moro em 1963, permanecendo com o titulo original até 01 de outubro de 1965. Após 1 ano de intervalo, em 4 de novembro de 1966 (data escolhida por ser o Dia da Vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial) retornou assim como iniciou, semanalmente, mas dessa vez sob a "testata" La Settimana.

Originalmente o Fanfulla era um jornal editado por italianos, predominantemente em língua italiana, com a sua distribuição principalmente na cidade de São Paulo. No Século XIX em São Paulo existiam diversos jornais Ítalo-brasileiros, fundados ao longo dos anos. Os primeiros jornais de caráter italiano publicados em São Paulo foram identificados a partir de 1870 com: Garibaldi de Ferdinando Turchi, e Il Movimento do mesmo ano.
Em seguida, apareceu: Il Corriere D'Italia, L'Emigrante, La Bestia Umana , L'Immigrante.
Em 1886-1887: Gli Italiani in Brasile, Gli Italiani a San Paolo, Il Tevere.
Em 1889: La Lega Italiana, Il Fulmine.
Em 1890: Il Progresso Italo-Brasiliano, Il Cittadino Italiano, Il Pensiero Italiano.
Em 1891 Il Messaggero e La Sfida.
Entre 1891-1896: Il Diavolo Nero, Gli Schiavi Bianchi, Le Forche Caudine, La Patria Italiana, L'Amico delle Famiglie, La Giustizia, Il Lavoro, Fanfulla, La Tribuna Italiana, L'Avvenire, L'Immigrante, Il Secolo, Il Popolo, Il Ficcanaso e Il Biricchino. Outras publicações surgiram no Interior de São Paulo como: La Lotta e L'Unione em Campinas e La Gazzeta della Domenica em Ribeirão Preto.
No interior do Rio Grande do Sul era fundado, em 1890, o primeiro semanário: L'Italiano (de Cesare Pelli) e depois L'Avvenire. Em Porto Alegre o primeiro jornal em Italiano foi: Il Corriere Cattolico, que surgiu em 1891, seguido pelo Commercio Italiano e por L'Italia.
No Século XX foram fundados novos jornais de caráter italiano em São Paulo, entre eles:
Moscone, 1924, humorismo, bilíngue (português/italiano), de Vicente Ragogneti
Giornale Degli Italiani, 1946, (1ª fase), de Walter Intini
La Tribuna italiana, 1948, (2ª fase), Nuziato Nastari
Giornale Degli Italiani, 1949, (2ª fase), Vito Intimi
Moscardo, 1956, (2ª fase), humorismo, em português, Vicente Ragogneti
Il Picolo, 1958, (2ª fase), Paolo Mazzoldi, Arturo Trippa
La Settimana (continuação do Fanfulla), 1966, bilíngue (português/italiano), Alessandro Del Moro com a esposa Mariana Dellarole
Corriere Italo-Brasiliano, 1974, Américo Bologna.
Quando adentramos no campo político nos deparamos também com um número surpreendente de títulos vinculados a movimentos operários, socialistas, anarquistas, anarco-sindicalistas, Republicanos, Monárquicos e religiosos.
Seja qual for a cifra exata, existe um ponto em comum entre os autores. 1870-1940 foi um período em que publicou-se uma quantidade expressiva de periódicos em Língua italiana e/ou bilíngue com destaque para São Paulo, que em 1907 mantinha a circulação de cinco diários: Fanfula, La Tribuna Italiana, Il Secolo, Avanti! e Corriere D’Italia.
Entre todos os jornais ítalo-brasileiros o Fanfulla se tornou o de maior relevância. A sua tiragem chegou a 20.000 cópias em 1915 e 40.000 em 1934, o que lhe colocava como o segundo jornal com maior tiragem em São Paulo, ficando atrás somente d'O Estado de S. Paulo.
Foi nas páginas do Fanfulla que alguns italianos de São Paulo decidiram convocar pessoas interessadas em fundar um clube de futebol que representasse a colônia italiana, dando origem ao Palestra Itália, fundado em 26 de agosto de 1914.
O nome do periódico Ítalo-Brasileiro faz uma homenagem à Fanfulla da Lodi, nome de batalha de um líder italiano nascido na província de Lodi, região da Lombardia, noroeste da Itália.
A data de nascimento e o nome do guerreiro Fanfulla da Lodi não são exatos. Historiadores italianos discordam sobre o seu o nome verdadeiro e divergem entre:
Bartolomeo Giovenale
Giovanni Fanfulla
Giovanni Bartolomeo Fanfulla
Bartolomeo Tito Alon
Giovanni Bartolomeo Fanfulla é tido por muitos historiadores como o nome certo, já que é mencionado várias vezes nos cupons de Tesouro de Nápoles que são as únicas provas da sua existência e das suas atividades. Fonte: Wikipedia