
A Ética a Nicômaco é a principal obra de Aristóteles sobre Ética. Nela se expõe sua concepção teleológica e eudaimonista de racionalidade prática, sua concepção da virtude como mediania e suas considerações acerca do papel do hábito e da prudência.
Em Aristóteles, toda racionalidade prática é teleológica, quer dizer, orientada para um fim. À Ética cabe determinar a finalidade suprema, que preside e justifica todas as demais, e qual a maneira de alcançá-la. Essa finalidade suprema é a felicidade que não consiste nem nos prazeres, nem nas riquezas, nem nas honras, mas numa vida virtuosa. A virtude, por sua vez, se encontra no justo meio entre os extremos, e será encontrada por aquele dotado de prudência e educado pelo hábito no seu exercício. A ideia de virtude, na Grécia Antiga, não é idêntica ao conceito atual, muito influenciado pelo cristianismo. Virtude tinha o sentido da excelência de cada ação, ou seja, de fazer bem feito, na justa medida, cada pequeno ato.
Tópicos é o nome de um dos seis trabalhos de Aristóteles coletivamente conhecidos como Órganon. Os Tópicos constituem o tratado de Aristóteles sobre a arte dialética - a invenção e descoberta de argumentos em que as proposições se apoiam em opiniões comuns. Os tópicos são "lugares" de onde tais argumentos podem ser descobertos ou inventados.